sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Propinoduto Tucano: Comissão Critica Falta de Transparência do Governo Alckimin


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Promotores querem acesso às informações sobre a Siemens que possam ajudar nas investigações sobre o esquema de cartel em contratos do Metrô e da CPTM em São Paulo desde a gestão de Mario Covas (PSDB), de 1998; socorro internacional pode destravar investigações já que o governo de Geraldo Alckmin foi criticado pela falta de transparência na apuração do caso; o pedido poderia envolver o congelamento de ativos, se houver como rastrear o dinheiro que a multinacional alemã ganhou no Brasil por meio de suposto de corrupção

O Ministério Público de São Paulo prepara um pedido à promotoria de Munique para ter acesso às informações sobre a Siemens que possam ajudar nas investigações sobre o caso do propinoduto.

A empresa multinacional delatou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a existência de um esquema de cartel em contratos metroferroviários em São Paulo desde a gestão de Mario Covas (PSDB), de 1998. O pedido de ajuda foi divulgado pela agência alemã Deutsche Welle nesta quinta-feira.

Segundo informações do Estadão, o pedido poderia envolver o congelamento de ativos, se houver como rastrear o dinheiro que a Siemens ganhou no Brasil por meio do esquema de corrupção.

Promotores de SP acreditam que funcionários públicos desde a gestão de Covas receberam propina das empresas para facilitar a atuação do cartel.

Um dos executivos que participou da delação ao Cade é o autor de uma carta enviada à sede da empresa na Alemanha anonimamente em 2008 com denúncias de corrupção. Na carta, diz que funcionários do governo estadual recebiam comissão de 7,5% do valor dos contratos para ajudar o cartel.

Ele afirma ainda no documento que, "apesar de todos os escândalos e consequências para a companhia, a Siemens Brasil continua pagando propinas no Brasil para conseguir contratos lucrativos".

O socorro internacional pode destravar investigações já que o governo de Geraldo Alckmin foi criticado pela falta de transparência na apuração do caso. Para tentar distanciar seu governo do esquema, o tucano anunciou que o Estado processaria a empresa alemã, para que os cofres públicos fossem ressarcidos. Os contratos no sistema metroferroviário foram superfaturados em até 30%.

No entanto, integrantes da comissão Movimento Transparência dizem que órgão foi criado pelo governador apenas para dar publicidade. Leia abaixo: 


Grupo diz que movimento criado pelo governador tucano há um mês em resposta à denúncia da Siemens sobre cartel no setor metroferroviário foi ato marqueteiro; “Em termos de resultado, o trabalho tem sido pouco efetivo", disse Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos

A comissão criada no mês passado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para ser uma resposta às suspeitas do propinoduto no Estado já é criticada por seus próprios integrantes.

Formado por 12 entidades da sociedade civil e coordenado pela Corregedoria-Geral da Administração (CGA) - órgão de controle e correição do Estado -, o Movimento Transparência foi criado no momento em que a Siemens denunciou a existência de um cartel em contratos de trens e metrô com gestões tucanas desde o governo Mario Covas (1998).

Para tentar distanciar seu governo do esquema, Alckmin anunciou que o Estado processaria a empresa alemã, para que os cofres públicos fossem ressarcidos. Os contratos no sistema metroferroviário foram superfaturados em até 30%.

No entanto, integrantes da comissão dizem que o 'movimento' foi criado pelo governador para dar publicidade. "Em termos de resultado, o trabalho tem sido pouco efetivo", afirmou Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos, que integra a comissão. Segundo ele, a Corregedoria não tem divulgado os dados necessários.

"Aquele nome (Transparência) foi ideia de algum marqueteiro do Palácio (dos Bandeirantes)", acrescentou Claudio Weber Abramo, presidente da ONG Transparência Brasil.

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