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Ontem, a Globo faturou alto em
cima do seu prêmio Faz Diferença, no qual prestou homenagem a duas figuras públicas
que mais se aliaram a seus interesses: Ayres Britto e Joaquim Barbosa,
ex-presidente e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Eu não acho muito
ético um juiz do Supremo aceitar um prêmio vindo de um grupo de mídia tão
envolvido nas grandes lides políticas e ideológicas nacionais. É como se
admitisse, com o despudor e a cegueira que apenas a soberba permite, que jamais
será imparcial quando se trata de julgar a Globo, um grupo com interesses
privados que, no século XX, raramente convergiram com os interesses da
democracia. Foram a favor do golpe de 64, sustentaram a ditadura, tentaram
abafar as diretas, manipularam criminalmente debates eleitorais, apoiaram
aventureiros como Collor, e agora patrocinaram um julgamento político farsesco,
sem lastro em provas, conduzido com inacreditável desonestidade intelectual, e
exibido de maneira sensacionalista às vésperas das eleições de 2012.
O lado positivo é que a farsa
agora está completa.
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