domingo, 26 de maio de 2013

Obama promete nomear enviado especial para fechar Guantánamo



Presidente estadunidense destacou o custo anual de US$ 150 milhões para manter a prisão; greve de fome de prisioneiros reacendeu o debate sobre a existência e condições do centro de detenção



 





da Redação
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que irá indicar, nos próximos dias, um enviado especial que terá como missão providenciar o fechamento de Guantánamo, prisão estadunidense localizada em Cuba.

Em discurso oficial nessa quinta-feira (23), Obama anunciou a suspensão da moratória para transferir os 166 presos da unidade ao Iêmen e prometeu analisar "caso por caso" para a transferência a outros centros de detenção.

"Não há nenhuma justificativa, além das políticas do Congresso, para impedir o fechamento de um centro que nunca deveria ter sido aberto", enfatizou.

O presidente estadunidense destacou ainda que, em um momento de cortes orçamentários, são gastos US$ 150 milhões a cada ano na manutenção de Guantánamo. Segundo ele, a "responsabilidade" do novo enviado especial para a prisão, que dependerá dos departamentos de Estado e Defesa, será "conseguir a transferência de detidos a países terceiros".



Protesto


Uma greve de fome, realizada há três meses por 100 dos 166 presos de Guantánamo, disparou um alerta sobre as condições da penitenciária. Os prisioneiros acusam os funcionários de abusos e maus-tratos, o que teria motivado o protesto. A situação reacendeu o debate sobre a necessidade de fechamento da prisão, uma promessa que Obama fez na campanha eleitoral de 2008.

Para pressionar o presidente dos EUA a fechar o presídio, também foi lançada uma petição on-line. Até o momento, pouco mais de 620 mil pessoas já aderiram ao abaixo-assinado. O objetivo é chegar a 750 mil assinaturas (para aderir, clique aqui).


Guantánamo foi aberta em janeiro de 2002 por decisão do então presidente George W. Bush, em meio à guerra implementada “contra o terrorismo”, após os atentados de 11 de setembro de 2001. Guantánamo já chegou a ter quase 800 presos

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