Presidente estadunidense destacou
o custo anual de US$ 150 milhões para manter a prisão; greve de fome de
prisioneiros reacendeu o debate sobre a existência e condições do centro de
detenção

| da Redação |
O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, afirmou que irá indicar, nos próximos dias, um enviado especial
que terá como missão providenciar o fechamento de Guantánamo, prisão
estadunidense localizada em Cuba.
Em discurso oficial nessa
quinta-feira (23), Obama anunciou a suspensão da moratória para transferir os
166 presos da unidade ao Iêmen e prometeu analisar "caso por caso"
para a transferência a outros centros de detenção.
"Não há nenhuma
justificativa, além das políticas do Congresso, para impedir o fechamento de um
centro que nunca deveria ter sido aberto", enfatizou.
O presidente estadunidense
destacou ainda que, em um momento de cortes orçamentários, são gastos US$ 150
milhões a cada ano na manutenção de Guantánamo. Segundo ele, a
"responsabilidade" do novo enviado especial para a prisão, que
dependerá dos departamentos de Estado e Defesa, será "conseguir a
transferência de detidos a países terceiros".
Protesto
Uma greve de fome, realizada há
três meses por 100 dos 166 presos de Guantánamo, disparou um alerta sobre as
condições da penitenciária. Os prisioneiros acusam os funcionários de abusos e
maus-tratos, o que teria motivado o protesto. A situação reacendeu o debate
sobre a necessidade de fechamento da prisão, uma promessa que Obama fez na
campanha eleitoral de 2008.
Para pressionar o presidente dos
EUA a fechar o presídio, também foi lançada uma petição on-line. Até o momento,
pouco mais de 620 mil pessoas já aderiram ao abaixo-assinado. O objetivo é
chegar a 750 mil assinaturas (para aderir, clique aqui).
Guantánamo foi aberta em janeiro
de 2002 por decisão do então presidente George W. Bush, em meio à guerra
implementada “contra o terrorismo”, após os atentados de 11 de setembro de
2001. Guantánamo já chegou a ter quase 800 presos
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