quinta-feira, 23 de maio de 2013

1,2 bilhões de pessoas no mundo não conseguem comprar comida


             


POC via Diário

PCO - Como os altos preços impactam a população pobre? 1,2 bilhões de pessoas no mundo não conseguem comprar os alimentos necessários enquanto os monopólios impõem o modelo super explorador para garantir os lucros a qualquer custo.

Os altos preços dos alimentos, provocados principalmente pela especulação financeira, são responsáveis pela morte de 18 milhões de pessoas por ano, devido à fome, de acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação). Enquanto na década de 1950 eram 60 milhões as pessoas atingidas pela fome, hoje são 1,2 bilhões.

A crise capitalista tem provocado o aumento da concentração da riqueza mundial nas mãos dos monopólios. Hoje, 85% dos alimentos que são vendidos no mundo se encontram sob o controle de dez monopólios.

O chamado agronegócio, que é a aliança entre o setor mais reacionário da burguesia (os latifundiários) e os monopólios, é o principal responsável pela concentração da terra, a super-exploração do trabalhador do campo e o controle da cadeia alimentar em cima de métodos ultra-depredatórios, baseados nos agrotóxicos e nos transgênicos que têm direcionado a produção dos alimentos à especulação financeira em larga escala.

Os governos burgueses se encontram sob o controle desse cartel. No Brasil, a situação, além de muito clara, é aberrante. A esmagadora maioria da população não tem direito a um pedaço de terra para plantar; a reforma agrária foi totalmente paralisada no governo Dilma. A produção de meia dúzia de produtos (soja, milho, algodão, café, cana de açúcar e suco de laranja) é feita da maneira mais depredatória possível.

O Brasil é o campeão mundial no uso de agrotóxicos, todos eles liberados sem testes adequados, apesar dos comprovados efeitos nocivos sobre a saúde humana, e utilizando princípios ativos proibidos na maior parte dos países do mundo, inclusive o Paraguai.

O Brasil é o vice-campeão mundial no plantio de transgênicos. Os transgênicos também foram desenvolvidos como parte da chamada Revolução Verde que, a partir da década de 1970, buscou desovar os estoques de venenos usados nas guerras e controlar todo o ciclo da cadeia alimentar. O Zyklon-B, usado nas câmaras de gás nazistas, e o agente laranja, usado extensivamente na Guerra do Vietnam, estão na base dos agrotóxicos. As manipulações genéticas dos transgênicos foram aprovadas a toque de caixa, apesar de inserirem genes de animais, como o gene peixe inserido na soja transgênica. Aos efeitos catastróficos para a saúde humana e o meio ambiente, se soma o aumento no consumo de agrotóxicos, embora que de um mesmo fabricante.

No Brasil, as políticas públicas favorecem esse modelo depredador que visa aumentar os lucros dos monopólios a qualquer custo. Os agrotóxicos e transgênicos têm uma tributação muito favorecida e o governo, por meio do Banco do Brasil, exige notas fiscais que somente podem ser fornecidas por quem comercializa esse tipo de produtos, para a concessão do crédito agrícola.


O plantio depredador conduz ao rápido esgotamento do solo, o que provoca o aumento da fronteira agrícola para não enfrentar os altos custos envolvidos na correção do solo. Este é um dos principais pilares da violência no campo e da depredação do meio ambiente. O ciclo se completa com a imposição da migração da população pobre do campo para as favelas das grandes cidades, onde caem nas garras da especulação imobiliária.

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