Por Christina Lemos |
O ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso apresentou neste sábado aos tucanos reunidos na convenção do PSDB em
Brasília uma fórmula para obter maior empatia com a população e conquistar
votos: "precisamos despertar a simpatia das pessoas, tocá-las pela emoção,
mostrar que não somos melhores que ninguém".
A mensagem de FHC soou como
antítese do estilo Serra, tido como pouco simpático e cerebral. O ex-presidente
discursou pouco depois do ex-governador, que sequer mencionou a candidatura de
Aécio Neves. Serra, no entanto, afastou indiretamente as especulações de que
deixaria o PSDB para disputar as próximas eleições por outra legenda.
"Todos que estamos aqui, estaremos com absoluta certeza do mesmo lado em
2014" - disse Serra.
Fernando Henrique, que se
auto-definiu como "ex-tudo", ainda enalteceu o estilo conciliador de
Aécio Neves e alertou que o mineiro será "cobrado": "vamos
cobrar, exigir que ele ponha sua juventude, seu entusiasmo a favor de um novo
salto para Brasil" - declarou.
O próprio Aécio convidou
explicitamente Serra a integrar o esforço para elegê-lo. E dirigiu-se
diretamente ao ex-governador: "Somos todos, Serra, parte de um mesmo
corpo, co-responsáveis pelo que pode ou não acontecer a este país".
Bananeira - Entre os motes
repetidos pelos tucanos durante a convenção, estiveram: o ataque aos
mensaleiros, ao fisiologismo petista e a ênfase na necessidade de alternância
no poder. O deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara, proclamou:
"aqui não tem mensaleiro". Atrás dele, no mesmo palco, no entanto,
estava Eduardo Azeredo, que responde no Supremo por acusação semelhante à que
levou petistas à condenação.
O líder do PSDB no Senado,
Aloysio Nunes Ferreira, insistiu na necessidade de substituir o projeto petista
de poder. Após enumerar iniciativas que, segundo ele, caracterizam o autoritarismo
do governo, o senador anunciou: "O PT é bananeira que já deu cacho. É hora
de mudar".
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