Prá quem se lembra Paulo Francis, com aquela sua fúria empedernida, costumava acusar Arnaldo Jabor de usar o dinheiro da EMBRAFIIMES para fins outros que não fazer filmes. Paulo Francis morreu e coincidentemente a EMBRAFILMES também. Paulo Francis foi pro Céu (ou quase) e Jabor prá Globo.
O Marinho (Os Marinhos ainda não
existiam), com aquele seu dedo bom para oportunidades, vislumbrou uma carreira
para este cineasta de cabelo engraçado. Ironicamente, Jabor faz carreira no
vazio deixado por Paulo Francis.
Jabor é palestrante também: Em
Criciúma, SC, por cerca de $ 130,00,* pode-se ver e ouvir Jabor traçar “um cenário político e econômico do país,
desde o período colonial até os dias atuais.”, e tem mais: almoço incluso.
Em seu portfólio promocional temos a seguinte pérola: “Seu estilo irônico e mordaz é decisivo para descontrair a platéia e
tornar o assunto mais leve.” Sei...
Mas por que do Jabá?
Em sua ultima aparição escrita (27/05),
em um estilo pouco descontraído para a platéia, Jabor declara a incompetência
como próprio do Caráter do povo brasileiro: “Edênico e Secular”. Jabor, tal qual Regina Duarte, tem medo. Medo
de sermos descobertos internacionalmente em nossa incompetência genética tão
própria aos brasileiros como a banana aos macacos. Jabor não confia no seu povo
dos $130,00 + almoço. Teme uma “áfricanização” da sociedade. Jabor recita
termos como “terceiro mundo e quarto mundo”, e busca uma ideologia para o
“drama brasileiro”.
Jabor vive no tempo da Guerra Fria.
A referência simplificada de terceiro e quarto mundo não existe mais deste que
o muro de Berlim caiu! “Não há uma ideologia que dê conta do recado.”, brada o
cineasta da EMBRAFILMES.
Jabor vê se cresce!
Como diz a fábula do sapo e do escorpião: tudo
é uma questão de natureza (ou caráter). Uns tentam acertar mesmo sendo
incompetentes outros são apenas Jabor.
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