Os Segredos do Tucanoduto e sua relação com a mídia. Civita desabafa: 'Serra é o chefe de tudo'. Versão completa
Os
segredos do tucanoduto. Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas
agora vai todo mundo para o ralo'
Faltavam catorze minutos para as 2 da tarde da última sexta-feira quando o
empresário Roberto Civita, presidente da revista Veja e do Grupo Abril, parou
seu carro em frente a um bar, em São Paulo. Responsável
pelas mais infames acusações aos governos dos presidentes Lula e Dilma, ele tem
cumprido religiosamente a tarefa de ir até esse modesto bar numa região pobre
da grande São Paulo. Desce do carro, vai até o balcão e é servido com sua
bebida preferida, que sorve numa talagada. Chega mais cedo para evitar ser
visto pelos outros bebuns e vai embora depressa, cabisbaixo. "O PSDB me
transformou em bandido”, desabafa. Civita sabe que essa rotina em breve será
interrompida. Ele não tem um átimo de dúvida sobre seu futuro.
Antonio Mello |
Nessa mesma sexta, Civita havia organizado em mega-encontro, com mais de
mil empresários do Brasil e do exterior. Chamou o ilustre economista
Paul Krugman e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente do
Brasil, Dilma Rousseff. Ambos confirmaram presença. Mas, em cima da hora, a
presidente arranjou uma desculpa para não comparecer e o ministro abandonou a
mesa de debates, sem dar satisfações. "Ali, foi selado meu destino" -
acredita Civita.
Pessoas próximas ao empresário afirmam que Civita teria responsabilizado
o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, pelo vexame que deu em público. Meneando
a cabeça, ele saiu exclamando para quem quisesse ouvir: “Eu avisei ao Serra que
ia dar merda! Eu avisei!”.
Apontado como o responsável pela engenharia que possibilitou ao PSDB e
até recentemente ao DEM montar o maior esquema de espionagem, baixaria e
calúnia da história, Civita enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele
confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com os
tucanos. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade de
cometer crimes que não praticou sozinho, mas com a ajuda de Carlinhos Cachoeira
e seu grupo de arapongas, que faziam as “reportagens investigativas” de Veja,
para defender interesses dos demo-tucanos. Civita manteve em segredo histórias
comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder,
relacionadas à privataria e aos escândalos da área de saúde do governo FHC,
comandada por José Serra. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de
impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Policia
Federal, de que nada aconteceria a ele nem a Demóstenes Torres. Com a queda de
Demóstenes, logo após a prisão de Cachoeira, além de ter a equipe da revista
desfalcada, Civita tentou um último subterfúgio para não naufragar: mandou
fazer uma capa de destaque com a presidente Dilma.
Serra ficou enfurecido e o ameaçou. "Ele disse que abriria o jogo e
mostraria que por trás de Carlinhos Cachoeira estava Policarpo, e por trás de
Policarpo, eu".
Civita guarda segredos tão estarrecedores sobre o tucanoduto que não
consegue mais reter só para si — mesmo que agora, desiludido com a falsa
promessa de ajuda dos poderosos que ele ajudou, tenha um crescente temor de que
eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel. Os segredos de Civita, se
revelados, põem o ex-presidente FHC e José Serra no epicentro do maior
escândalo de corrupção da história, a privataria tucana. Puxado o fio da meada,
vêm juntos o caso Banestado, o Proer, a venda da Vale, o Fonte Cindam, a lista
de Furnas. Sim, e, no comando das operações, Serra. Sim. Serra, que, fiel a seu
estilo, fez de tudo para não se contagiar com a podridão à sua volta, mesmo que
isso significasse a morte moral e política de companheiros diletos. Civita
teme, e fala a pessoas próximas, que se contar tudo o que sabe estará assinando
a pior de todas as sentenças — a de sua morte: "Vão me matar. Tenho de
agradecer por estar vivo até hoje".
Com a segurança de quem transitava com desenvoltura pelos gabinetes oficiais, inclusive os palacianos, e era considerado um parceiro preferencial pela cúpula tucana, o presidente do Grupo Abril e da revista Veja Roberto Civita afirma que, primeiro FHC, mas, depois e até hoje, Serra “comandava tudo". Em sua própria defesa, diz que como operador das reportagens encomendadas contra o PT não passava de um “boy de luxo" de uma estrutura que tinha o então presidente e seu candidato no topo da cadeia de comando. "FHC era o chefe, hoje é Serra”, repete Civita às pessoas mais próximas.
A afirmação se choca com todas as versões apresentadas por Serra desde
que o livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro, foi lançado, de que tudo
era “lixo, lixo, lixo”.
A ira de Roberto Civita desafia a defesa clássica do ex-presidente FHC de
que não sabia do Tucanoduto e nada teve a ver com o esquema arquitetado em seu
primeiro mandato para sua reeleição. “Todo mundo sabe que ele comprou a emenda
de sua reeleição. Sem contar os escândalos na área da saúde, comandada por
Serra. E mais a lista de Furnas, a privataria, o Banestado, o Proer”...
Amigos contam que o que mais deprime Civita é a situação quase falimentar
do Grupo Abril. A Veja se sustenta com anúncios. Para obtê-los deve produzir
edições com tiragens de mais de um milhão de exemplares, que não se pagam com
as assinaturas e vendas nas bancas. “Estamos queimando a casa [Grupo Abril –
Nota do Blog] para produzir lenha para a Veja. Até cópia xerox, proibi na
empresa”.
A rota de fuga de Serra evoluiu mais tarde para a negação completa, com a
tese nefelibata de que a privataria tucana nunca existiu, tendo sido apenas uma
armação do PT para chegar ao poder. A narrativa de Civita coloca Serra não
apenas como sabedor de tudo o que se passava - Sanguessugas, Vampiros, Proer,
Banestado, Privataria -, mas no comando das operações."Há até um vídeo na
internet em que FHC
confirma isso" [o vídeo é este aqui - Nota do Blog].
“O chefe é Serra. O objetivo era colocá-lo na presidência e Demóstenes
[ex-senador cassado Demóstenes Torres, que também foi expulso do DEM – Nota do
Blog] no Supremo. Com Demóstenes e Gilmar Mendes lá, o Brasil seria nosso”. No
entanto, Demóstenes foi derrubado por operação da PF e Serra mais uma vez
derrotado na luta pelo Planalto. “Agora, nem a prefeitura. Nossa salvação
seriam os livros didáticos que ele colocaria nas escolas. Mas, agora, nem
isso”...
Civita não esconde que se encontrou com Serra diversas vezes no Palácio
do Planalto. Ele faz outra revelação: “Do FHC ao Serra era só descer a escada.
Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. A frase famosa e
enigmática de José Serra — "Tudo que eu faço é do conhecimento de FHC” —
ganha contornos materiais depois das revelações de Civita sobre os encontros em palácio. Roberto Civita
reafirma que pode acabar nas barras do Supremo Tribunal, mas faz uma sombria
ressalva. “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Serra
porque eu, o Paulo Preto e o FHC não falamos”, disse na semana passada a um dos
únicos amigos do bar da periferia que tem frequentado anonimamente.
“Mas, se eu quebrar, não vou sozinho. Produzi um vídeo com quatro
cópias”... Nesse instante, o telefone de Civita tocou e ele se afastou. Foi
possível ouvir apenas “Diogo, já estamos promovendo seu livro na revista e
pagando os processos. Estou na lona. O dinheiro acabou”...
Segredos
de Civita, parte 3. Civita: 'Foi Serra quem me obrigou a fazer a reportagem do Valério acusando Lula'
Dos tempos em que gozava das intimidades do poder em Brasília, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Roberto Civita diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do tucanoduto transitavam no coração do governo FHC, antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país – a privataria tucana. Civita lembra das vezes
Sobre sua aproximação com Serra, Civita conta que, diferentemente do que
os petistas dizem, ele conheceu Serra durante a campanha de 2002. Já o conhecia
anteriormente, mas só a partir de sua campanha à presidência tornaram-se mais
íntimos. FHC lhe disse que Serra precisava de uma imprensa que repercutisse o
que os agentes da PF a serviço de Serra conseguiam sobre os adversários.
"Ele precisava da Veja para publicar o escândalo. Depois a Globo
repercutia e o Nove Dedos caía nas pesquisas”.
Só que isso não aconteceu e Lula foi eleito. Manteve-se o esquema, mas
agora com o objetivo de derrubar o Nove Dedos e trazer os tucanos de volta ao
poder. A parceria deu certo e desaguou no chamado mensalão do PT, uma parceria
entre os arapongas de Serra e um bicheiro de Goiás, que hoje todos conhecem
como Carlinhos Cachoeira.
Mas, nem isso, nem a provável condenação de todos os petistas pelo STF,
parece servir de alguma coisa para José Serra. Por isso, Civita não se assustou
quando recebeu uma vista, às três da madrugada, do candidato tucano à
prefeitura de São Paulo. Com a “sutileza” que o caracteriza, Serra ordenou a
Civita que a Veja ligasse diretamente Lula ao mensalão, para que ele não
pudesse mais fazer campanha para Haddad. Tinha que ser uma matéria agressiva,
definitiva. “Você tem que dizer que Marcos Valério declarou à Veja que Lula
sabia de tudo e era o chefe do mensalão”.
Civita providenciou a reportagem e a enviou na terça-feira, para
aprovação. "Foi Serra quem me obrigou a fazer a reportagem do Valério
acusando Lula" - disse a amigos. Serra aprovou, mas fez uma ressalva: “Tem
que por aspas, tem que colocar como se Valério estivesse afirmando aquilo”.
Civita quis argumentar que aquilo queimaria a revista. Mas Serra foi intransigente:
“Quem não pode se queimar sou eu. Se eu não me eleger, vocês perdem tudo da
prefeitura e vão entregar o governo de São Paulo para o PT daqui a dois anos.
Adeus, livros didáticos. Adeus, assinaturas das revistas. Adeus, parcerias.
Nada de trololó. Bota aspas e depois se virem para dizer que ele declarou tudo
aquilo. Vocês são especialistas nisso”.
Sem alternativa, Civita concordou. Pensou em ir falar com Policarpo, seu
diretor em Brasília, especialista nesse tipo de manobra. Mas se conteve. Teria
de falar com ele pessoalmente, pois o telefone poderia estar grampeado. Mas
guarda ainda fresca na memória a surpresa que teve ao fazer uma visita
inesperada ao diretor. Ao entrar na sala, encontrou Policarpo sentado na
cadeira, calça e cueca abaixadas até o tornozelo, com um homem quase careca
ajoelhado à sua frente, aparentemente... A palavra que lhe veio à cabeça foi
"fellaccio"... Quem era o careca?
Segredos
de Civita, parte 4. Como a reportagem caluniosa encomendada por Serra pode
levar o Grupo Abril ao abismo
Ao chegar sem aviso à sala do diretor de Veja em Brasília, Policarpo
Júnior, Civita foi surpreendido com a cena insólita de vê-lo sentado na
cadeira, com calças e cuecas arriadas até o chão, e um homem quase careca
ajoelhado à sua frente, com a cabeça entre suas pernas, numa posição de...
"Fechei a porta e saí dali. Não queria imaginar o que estaria acontecendo. Ou melhor, não podia. Se o homem ajoelhado fosse quem eu pensava, teria que demitir um de meus mais dedicados colaboradores", disse Civita. Não chegou a declinar o nome, mas pistas que soltou aqui e ali para alguns amigos indicam quem seja. "Como posso julgar um homem de fidelidade canina, que escreve seus posts na madrugada e passa o dia escrevendo centenas - às vezes, milhares - de comentários forjados no seu blog?".
Civita se lembrou da cena, quando pensou
Não foi a Brasília, e Policarpo veio até ele com a solução. Mas, para aplicar a ideia de Policarpo, Civita precisaria utilizar um jornalista que não fosse de Veja nem da Abril, mas tivesse a mesma determinação de caluniar o Nove Dedos. Pensou
Nota do Blog do Mello: Como estes acontecimentos são recentes, não pudemos confirmar com Civita nem seus amigos e interlocutores se o jornalista escolhido foi o blogueiro de O Globo Ricardo Noblat. Também não consegui falar com Noblat, mas ele não negou nada. E tudo indica que foi ele o escolhido sim, porque Noblat começou a disparar postagens em seu blog e no Twitter utilizando informação que já constava de uma reportagem do mesmo Rodrigo Rangel que editou a dessa última semana, a mando de Serra. Confira:
Para mostrar que não estava blefando, como já fizera em outras ocasiões,
o empresário [Marcos Valério] disse que enviaria às autoridades um
vídeo com um depoimento bombástico, gravado por ele em três cópias e escondido
em lugares seguros. Seria parte do acordo de delação premiada com os
procuradores. Seu arsenal também incluiria mensagens e documentos que provariam
suas acusações. [íntegra aqui, em reportagem de 22 de julho, há quase dois meses]
Não é muito semelhante à história dos quatro vídeos espalhada por Noblat?
Mas, nosso blog não especula. Trabalhamos apenas com fontes confiáveis, pessoas ligadas ao presidente do Grupo Abril e da revista Veja, Roberto Civita. E o que elas nos contaram, além do que até aqui relatamos, fala também de um pesadelo recorrente de Civita.
Rainha de Espadas
O pesadelo com a Rainha de Espadas perturba Roberto Civita desde sempre. Nunca procurou um psicanalista para ajudá-lo a decifrar o mistério por um motivo que diz muito de sua personalidade: "As pessoas pagam para me ouvir falar. É um absurdo que eu tenha de pagar a alguém para que me ouça".
Por isso, o pesadelo o atormenta, sem que ele consiga decifrá-lo. Sempre surge num momento de crise. E surgiu mais uma vez agora, naquela sexta-feira em que a presidenta Dilma desmarcou sua ida ao seminário para mais de mil empresários que ele patrocinava e o ministro da Fazenda Guido Mantega abandonou a mesa de debates sem justificativa.
Civita saiu meneando a cabeça, com a sensação de que o chão se abria a seus pés. A reportagem encomendada por Serra ("com aspas, com aspas") acusando o Nove Dedos de chefe do mensalão pode ter sido a gota que faltava para transbordar o ressentimento do governo com a revista e, com a rejeição recorde de Serra
Civita tomou a decisão costumeira: engoliu alguns comprimidos de tranquilizante e pediu ao motorista para dirigir sem destino pela capital paulista. Logo, ele estaria dormindo, como de outras vezes, um sono profundo, sem sonhos, que poderia durar um dia inteiro.
Surpreendentemente, isso não aconteceu. Ele mais uma vez sonhou que estava num lugar enevoado, sem saber onde e por que estava ali, e era direcionado a uma sala, com uma mesa oval no centro. Nela, uma toalha de renda branca, com vários objetos misturados e espalhados - búzios, baralhos diversos, cordões - até que uma mão - sempre aquela mão -, uma mão de mulher, com muitas pulseiras, jogava à sua frente uma carta. E depois virava a carta e revelava a Rainha de Espadas. Mais uma vez, tomado de intenso pavor diante da carta, Civita acordou. Como das outras vezes em que tinha o pesadelo.
Com uma diferença. Dessa vez, algo lhe chamou a atenção: o olhar da Rainha de Espadas, que o aterrorizara a vida inteira, lhe pareceu, pela primeira vez, subitamente familiar. Conhecia aquele olhar. Mas, de onde?
Puxou pela memória. Pesquisou. E quando descobriu de quem era o olhar da Rainha de Espadas Civita ficou mais aterrorizado ainda.
Segredos
de Civita, parte 5. Serra, os números do Datafolha e a revelação de quem é a
Rainha de Espadas dos pesadelos de Civita
Os pesadelos com a Rainha de Espadas sempre atormentaram o presidente do
grupo Abril e da revista Veja Roberto Civita, desde que era uma criança em
Milão, onde nasceu. A princípio, a imagem que lhe vinha dela era a da Madrasta
Má, da Branca de Neve.
Com o passar dos anos, a imagem se escanesceu, mas não sumiu de todo. Quando sonha com a Rainha de Espadas, acorda sempre apavorado, como o menino que foi. E sente que alguma coisa de muito ruim está por lhe acontecer, sem saber exatamente o quê.
Por isso, pesquisou o significado da Rainha de Espadas em vários livros místicos, à procura de algo que lhe ajudasse a desvendar quem era e por que o aterrorizava tanto.
Resumidamente, destacou algumas qualidades comuns à Rainha de Espadas em vários místicos:
A Rainha de Espadas é a mais racional de todas as Rainhas. É aquela
mulher intelectual, para quem o conhecimento é importante. Assim, está sempre
estudando e querendo saber mais coisas, para se manter sempre atualizada e
estimular sua inteligência. Seu contato com o mundo é mais racional e por isso
está sempre querendo compreender tudo pela razão. O risco dessa mulher é se
tornar alguém pragmática demais, com dificuldade de entrar em contato com suas
emoções. A Rainha de Espadas pode se tornar uma mulher mais fria e calculista,
sempre preocupada e muito distante de seus sentimentos.
Quando acordou mais uma vez do pesadelo com a Rainha de Espadas, após a desfeita que julga ter sofrido da presidenta Dilma e do ministro Mantega, o que deixou Civita intrigado é que, pela primeira vez, ele sentiu que conhecia aquele olhar. Precisava pesquisar, puxar pela memória para descobrir onde o teria visto e a quem pertenceria.
No entanto, pressionado pela repercussão altamente negativa da reportagem da revista Veja em que um suposto Marcos Valério teria afirmado que o ex-presidente Lula era o chefe do mensalão do PT, Civita deixou o assunto de lado.
Felizmente, com os contatos certos, a maré, ao final da semana, parecia estar virando a seu favor. Seu ex-empregado Kamel foi alçado ao posto mais alto do Jornalismo da Rede Globo. Com uma manobra engendrada por Serra, o Datafolha, do Grupo Folha, trabalhou com a margem de erro e, contrariando todos os demais institutos, apontou uma subida na intenção de votos de seu candidato e uma queda na do adversário a ser batido, Haddad, para derrotar o Nove Dedos.
O objetivo é desconcentrar a campanha do petista e induzi-los a erros e a brigas internas por poder - no que o PT é especialista.
Um segundo turno entre Serra é Russomanno é o sonho de Civita. Com seus repórteres investigativos na Papuda, ele conta com os policiais federais e demais arapongas que sempre trabalharam para Serra. Há material para desconstruir Russomanno e não deixar pedra sobre pedra. Policarpo Junior trabalha nisso e lhe afirmou que o candidato de Edir Macedo não resiste a uma capa de Veja.
"Vai ser minha salvação. Com Serra na prefeitura, o Grupo Abril pode continuar investindo em livros didáticos, com a revista Veja fazendo o mesmo papel de derrubar as pretensões do Nove Dedos de se perpetuar e a seu grupo no poder."
Para quem chegou a pensar que a sexta-feira da semana passada era a do seu fim, Civita está tão feliz hoje que resolveu fazer uma limpeza em sua mesa, que há muito estava entulhada com vários papéis, folhas avulsas, provas de revistas.
Foi quando, em meio ao amontoado, surgiu a foto daquele olhar que reconhecera como o da Rainha de Espadas.
Sim, era ela, aquele olhar dela, e o menino que ele foi entrou imediatamente em sua sala, sentou-se em sua cadeira e, com as mãos trêmulas de terror, segurou a foto dela, a Rainha de Espadas.
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações)
Nenhum comentário:
Postar um comentário